segunda-feira, 23 de maio de 2011

SER CIDADÃO TEM UM PREÇO. E QUE PREÇO!



Há dois momentos em que o cidadão se depara com os políticos. O primeiro é nas urnas, ao depositar o voto. O segundo é em casa, ao receber a conta de sua CIDADANIA. Já começaram a ser emitidas as faturas do IPVA e do IPTU.Com o boleto na mão, o brasiliense faz a primeira leitura do que recebe em troca do pagamento dos impostos. E é nesse momento que tem o reencontro com as urnas. 

Pagar imposto é obrigação constitucional. Receber os benefícios decorrentes dele é obra do acaso. Uma lei estabelece os deveres para o cidadão. Mas os direitos dependem da vontade de quem nos governa. Mesmo assim, como um cordeirinho, a maioria da população cumpre seu papel e honra os compromissos estabelecidos com a sociedade. Mais mesmo assim pagamos tudo direitinho para que os fdp´s (leia-se famigerados pelo dinheiro público) ou se o leitor quiser pode dar outra conotação . Mas dificilmente recebe o troco. 

Não dá para imaginar por que uma cidade como Brasília, que tem um dos maiores índice de carros per capita do Brasil – e, conseqüentemente, uma grande fonte de recursos – esteja com as ruas esburacadas. Cansados de esperar uma ação efetiva do Estado.O cidadão faz o que é tarefa do administrador público. Mesmo pagando imposto cuida do que é obrigação do governo. O menor valor do IPTU da SQN 110 é de R$ 653,00, mas o GDF passou o ano inteiro de 2003 (ano que foi escrito esta reportagem) sem realizar uma única obra na quadra nem um metro de calçada ou poste de iluminação. O mesmo acontece com várias outras quadras. Onde vai parar tanto dinheiro destas contribuições, logicamente nos bolsos dos fdp´s (leia-se famigerados pelo dinheiro público) e aí estar o resultado poucos anos depois o grande escândalo da CAIXA DE PANDORA. 

Morar numa cidade bem cuidada é direito esquecido pelos (fdp’s)  políticos tão logo se esgota a disputa por votos. Não é assim só em Brasília (Alguém já deu uma voltinha na vizinha cidade de Águas Lindas-GO?) Nem só com o atual governo. Na grande maioria das vezes, as cidades são para os fdp’s  (políticos) apenas domicílios eleitorais, onde se registram para disputar uma campanha, ganhar um cargo e colher os dividendos decorrentes dele – é o exemplo clássico do Senador JOSÉ SARNEY do Maranhão que é eleito por outro Estado. Usando uma metáfora simplista, a sensação é que PAGAMOS A CONTA DO RESTAURANTE antes de ser servido o almoço. É mole ou quer mais? 

Obs. Esta reportagem foi escrita por ANA DUBEUX do Correio Brasiliense em 2003 apenas foi acrescentado alguns termos por mim, como por exemplo, os fdp’s.

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